**Um Sábado de Solidão**

Maya acordou com o som do seu celular vibrando na mesa de cabeceira. Ela olhou para o relógio e viu que já era meio-dia. Ela suspirou e se virou para o lado, sentindo o peso do seu próprio corpo. Seu relacionamento com Dave estava cada vez mais difícil. Ele estava na cozinha, preparando o café da manhã. Ela ouviu o barulho dos ovos batendo na frigideira e o cheiro de bacon queimado. Seu estômago estava embrulhado, mas ela sabia que precisava comer. – O que você está fazendo? – perguntou Dave, sem se virar para ela. – Estou indo para o quarto tomar um banho – respondeu Maya, tentando se levantar da cama. – Não, você vai comer primeiro – disse ele, com um tom de voz áspero. Maya suspirou e se sentou na cama. Ela sabia que não podia contrariá-lo. Ele trouxe um prato de ovos mexidos e bacon para ela. Ela tentou comer, mas estava sem apetite. – Você não está com fome? – perguntou Dave, olhando para ela com desconfiança. – Estou, sim – respondeu Maya, tentando engolir um pouco de comida. Ele se sentou ao lado dela e começou a comer seu próprio café da manhã. – Você está muito quieta hoje – disse ele, olhando para ela com um olhar penetrante. – Estou apenas cansada – respondeu Maya, tentando evitar seus olhos. Ele a olhou por um longo tempo, como se estivesse procurando algo. Então, ele se levantou e foi para a sala de estar. Maya suspirou de alívio e terminou de comer o seu café da manhã. Ela sabia que precisava tomar cuidado com o que fazia, para não irritá-lo. Depois de tomar um banho rápido, ela se vestiu com uma roupa confortável e foi para a sala de estar. Ele estava sentado no sofá, jogando videogame. – O que você vai fazer hoje? – perguntou ele, sem tirar os olhos da tela. – Não sei – respondeu Maya, sentando-se ao lado dele. Ele grunhiu e continuou jogando. Maya se sentou em silêncio, sentindo-se sozinha e prisioneira em seu próprio lar. Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de sair dessa situação, mas não sabia como. O silêncio entre eles era desconfortável. Maya tentou quebrar o silêncio. – Posso ir para o meu quarto? – perguntou ela. – Não, você vai ficar aqui comigo – respondeu ele, sem tirar os olhos da tela. Maya suspirou e se sentou em silêncio, sentindo-se cada vez mais isolada.